4 de outubro - Dia mundial do Animal

Em 1931 decorreu em Genebra uma convenção ecológica que determinou que no dia 4 de outubro se comemoraria o Dia Mundial do Animal, desde então este dia tem sido celebrado por todo o mundo sensibilizando as populações para a importância da preservação, dos animais e dos seus habitats. Curiosamente sinaliza-se também a 4 de outubro o dia do médico veterinário. A justificação da data prende-se com o facto de ser também este o dia de S. Francisco de Assis, o santo padroeiro dos animais.


A necessidade de conservação da biodiversidade é justificada através de argumentos de carácter utilitário, científico e ético. Os primeiros dizem respeito à utilidade que podemos fazer dos seres vivos. Efectivamente eles podem ser utilizados na nossa alimentação, no tratamento de doenças, no controle de pragas, na indústria,etc. Por outro lado os seres vivos têm um importante papel ecológico (fotossíntese, formação e manutenção dos solos, ciclo dos nutrientes, ciclo hidrológico), têm valor valor estético, pelo que a sua conservação se reveste de considerável importância. Mas não são estes os valores que gostamos de considerar, qualquer visão meramente utilitária ou estética da natureza pode conduzir a um especismo que resulta num abuso desmedido dos recursos naturais, colocando o ser humano numa posição superior relativamente às outras formas de vida. Sair de uma perspetiva antropocêntrica no que diz respeito ao conceito de vida é urgente. O ecocentrismo defende que devemos pensar de uma forma mais holística, considerando a vida humana como parte de um todo, o ecossistema, composto ele próprio de variadas formas de vida todas com igual valor.


Infelizmente, o crescimento da população humana, o consumo intensivo dos recursos biológicos e o desenvolvimento de um sistema económico que não valoriza o ambiente e os seus recursos está a colocar em perigo de extinção diversas espécies de seres vivos contribuindo para a redução da biodiversidade como a sobrexploração de recursos, a introdução desmedida de espécies inavasoras, a poluição que provoca alterações climáticas, a fragmentação e consequente destruição dos habitats. Uma espécie encontra-se em perigo de extinção quando a sua taxa de mortalidade excede a natalidade da sua população.

Elefante-africano

O ideal seria conseguir-se reverter este processo apenas com a conservação in-situ, através de áreas protegidas e reservas naturais, mas realidade mostra que cada vez mais a conservação ex-situ ganha importância, não só porque um dos seus objetivos finais será a reintrodução de espécies ameaçadas em habitat natural, mas também porque permite promover junto dos centros urbanos maior consciência ecológica através da educação ambiental.


É isto que nós, Jardim Zoológico pretendemos continuar a fazer, alertar, sensibilizar e educar para a Conservação da Biodiversidade, sendo em simultâneo uma "casa" para os mais de 2000 animais que estão sob o nosso cuidado.

Se quiser aprofundar os seus conhecimentos sobre estas e outras problemáticas participe no nosso Workshop "2011-2020 Biodiversidade- Educar para conservar". A próxima edição é de 16 a 18 de outubro. Veja toda a informação detalhada e inscreva-se aqui.