HALLOWEEN | UM OUTRO OLHAR

Coruja-das-neves (Bubo scandiaca)
Ao contrário do que se pensa o Halloween não nasceu nos Estados Unidos, tal como todas as festas e feriados religiosos, tem origem nos paganismos europeus, que têm sempre animais simbólicos associados às festividades.

O nome Halloween deriva de Hallow´s Eve, a noite que antecede o dia de todos os santos, ou dia dos mortos como também é conhecido. Neste dia os pagãos acreditavam que os portais entre este mundo e o mundo das almas se abria, daí o pão por Deus ou bolo das almas que as crianças pedem de porta em porta em troca de uma oração pelos entes queridos que já se foram, mas ainda existe uma origem mais remota deste dia que para os celtas significava o início do ano novo, no Samahin, dia 31 de outubro fecha-se a roda do ano e dia 1 de novembro inicia-se um novo ano.

Quando pensamos em Halooween os animais de que nos lembramos são os gatos, aranhas, morcegos e corujas. E não é por acaso que qualquer um deles se transformou em símbolo do Halloween.
Tanto os gatos como a maioria dos felinos, os morcegos e as corujas são animais que estão mais ativos à noite e para isso possuem determinadas características que os povos ancestrais entendiam como sendo quase “mágicas”.

Os felinos, principalmente os gatos eram associados às bruxas, comparava-se a sua visão à clarividência e acreditava-se que as bruxas à noite se transformavam em gatas. Estes animais são mais ativos de noite pois na escuridão as pupilas dos seus olhos abrem o mais possível e contraem-se de dia quando há luz. Quando as suas pupilas dilatam, em vez de redondas são elípticas. O tamanho do olho também é muito maior que o do ser humano o que permite uma entrada de maior quantidade de luz que por sua vez será refletida como num espelho, daí estes animais verem tão bem de noite e os seus olhos serem tão brilhantes. Além disso são exímios caçadores noturnos, camuflando-se e caminhando silenciosamente sem que ninguém os ouça, daí terem as patas almofadadas.

As aranhas tecem a teia do destino, como se por magia conhecessem o futuro de cada um de nós.

Os morcegos habitam em locais húmidos e escuros, principalmente cavernas e grutas. Utilizam a ecolocalização para voarem no escuro, que se caracteriza pela localização à distância de objetos ou animais que possam ser obstáculos ao seu vôo através da emissão de vocalizações e o tempo gasto para que estas sejam emitidas, refletirem no alvo e voltarem à fonte sob a forma de eco.

A coruja é o animal com mais associações simbólicas de sempre, não é por acaso que é companheira inseparável de Harry Potter ou da Deusa grega Athena aparecendo sempre pousada em seu braço direito.

A sua visão muito mais eficaz à noite, a sua audição extremamente apurada e o seu vôo completamente silencioso tornam-na numa exímia caçadora noturna e símbolo de sabedoria e de faculdades mediúnicas como a clarividência e clariaudiência, daí ser sempre a companheira predileta dos magos e feiticeiros auxiliando-os a ver o invisível.

Porque não aproveita o Halloween para vir ao Zoo conhecer a nossa Coruja-das-neves ou a nossa Coruja-do-mato-tropical?

Na compra de dois bilhetes de adulto as crianças mascaradas ganham uma entrada gratuita e sempre poderá assistir aos nossos enriquecimentos ambientais temáticos, feitos com abóboras. Poderá consultar os horários aqui: