gibão-de-mãos-brancas |
Já cheira a primavera! No ar sentem-se aromas de flores e de
terra molhada, mas o sol está à espreita e encerra uma manhã chuvosa com um
lindo arco-íris. Por entre as sombras das várias árvores conseguimos ouvir uma
vocalização diferente, aguda, parece um uivo ou um grito, não sendo nenhum dos
dois. Avistamos um primata com uma cria agarrada à perna, é a
fêmea do gibão-de-mãos brancas que saúda a primavera com a chegada de uma cria.
Esta espécie de primata habita as florestas tropicais
húmidas e florestas montanhosas do sudeste asiático. O seu nome deve-se à cor
do pelo muito claro que cobre as mãos, os pés e que contrasta com a sua face
negra.
É mais comum vê-los nas copas das árvores pois deslocam-se
por braquiação, daí terem os braços mais longos e as pernas mais curtas que
conferem a este tipo de locomoção maior estabilidade. No entanto podemos
observá-los em marcha bípede quando caminham no solo ou quando parecem
verdadeiros trapezistas equilibrando-se em troncos horizontais.
Parecem mesmo uma família feliz, com o macho a vocalizar
como que anunciando a chegada da nova cria que agilmente se agarra à perna da
mãe. O Tuppence e a Tanja são, como todos os gibões desta espécie, um casal
monogâmico.
família gibão-de-mãos-brancas |
Todo este cenário invoca uma verdadeira floresta tropical
húmida, os raios de sol que trespassam as folhas ainda molhadas das árvores, o
gibão que vocaliza à medida que passa com agilidade de ramo em ramo, a fêmea
que amamenta a cria enquanto come um fruto. Mas não, não estamos no sudeste
asiático e nem precisamos de uma viagem tão longa para podermos contemplar todo
este cenário idílico e selvagem, estamos no Jardim Zoológico que convida os
seus leitores a aproveitarem os dias amenos da primavera para fazerem uma
visita ao nosso parque e conhecerem esta e outras espécies de animais que aqui
habitam.