Se te disser que o bambu é uma planta, talvez não te esteja
a dizer nada de novo. Mas e se te disser que pertence à família das gramíneas
como o milho ou o arroz?
Podes vê-los com alguma frequência em Portugal, mas apenas
como plantas ornamentais, para decoração. Em toda a Europa só existem se forem
plantados porque é o único continente onde não crescem espontaneamente.
O seu caule, a que chamamos colmo, pode ser mais fino ou
mais grosso, mas não depende só da sua idade, pode depender da sua espécie.
Calcula-se que existam mais de 1000 espécies de bambus vivendo numa grande
variedade de habitats, de zonas tropicais a temperadas, desde o nível do mar
até às altas montanhas.
Os bambus são das plantas com crescimento mais rápido do
mundo, algumas chegam a crescer um metro por dia. Há registos de bambus que
atingiram 30 m de altura e 20 cm de diâmetro. Mas tudo o que cada caule tem a
crescer acontece no seu primeiro ano de vida, depois disso tornar-se-á mais
maduro e rijo, mas sem crescer em altura. Dos seus caules subterrâneos,
surgirão, a cada ano novos caules e assim se podem espalhar por vastas áreas.
Os bambus são plantas com flor. Ao contrário de muitas
plantas que vemos florir todos os anos, os bambus podem ter flores apenas uma
vez na vida e, no caso extremo, ao fim de 130 anos, e morrer depois disso,
deixando que as novas sementes originem novas plantas.
Os humanos utilizam o bambu na construção, na medicina, na
gastronomia, na indústria têxtil e do papel.
Porém, quando pensamos em bambu, que imagem nos vem
imediatamente à cabeça? O panda-gigante, embora esta espécie não seja a única
que se alimenta de bambu. Temos também o panda-vermelho ou o
gorila-das-montanhas, chimpanzés e elefantes, alguns roedores que se alimentam
dos seus frutos e uma larva do bambu muito apreciada para consumo humano. E
ainda os lémures-bambu de Madagáscar.
No Zoo temos o Lemure-bambu-de-alaotra. Numa próxima
oportunidade falamos-te sobre ele.