Ao passeares por
uma floresta com vegetação típica da região mediterrânica – sobreiros,
azinheiras, ou outros carvalhos – poderás encontrar também medronheiros. Por serem
resistentes a Verãos secos, estas plantas estão bem distribuídas no nosso país
mas também pela Europa Ocidental e no Noroeste de África.
Também podem tolerar
temperaturas baixas, mas crescem preferencialmente em zonas abrigadas porque têm
uma floração tardia, ou seja, têm flores por esta altura do ano (outubro a
fevereiro). Flores que se dispõem em cachos pendentes e que podem ser polinizadas
por abelhas.
Os medronheiros
(Arbutus unedo L.) pertencem à família das urzes e chegam a ultrapassar os
cinco metros de altura. São classificados como arbustos, não pela altura que atingem,
mas porque o seu tronco se começa a ramificar pouco acima do solo.
O tronco é
escamoso e armazena reservas na sua base que permitem a esta planta rebentar mesmo
depois de ser cortada ou queimada.
A casca da
árvore e as suas folhas recortadas eram utilizadas na medicina tradicional
(como desinfetante, por exemplo) ou para fazer o tratamento de peles usadas para
vestuário.
Melhor conhecida
é a utilização dos seus frutos – os medronhos –, que, passado um ano, amadurecem
e adquirem uma coloração vermelha-escura. Podem ser comidos ou utilizados para fazer
doce.Também as aves parecem gostar deste fruto.A aguardente de medronho,
resultado da fermentação alcoólica dos frutos, é outra das utilizações possíveis.
Na verdade, é
esta capacidade de fermentação dos frutos maduros, que caem no Outono-Inverno,
que vai condicionar a germinação da planta quando chegar a primavera.
Quando passeares
pelo campo ficarás impressionado com o branco das flores, o verde-escuro das folhas
e o vermelho dos frutos que poderás encontrar na mesma planta ao mesmo tempo!