Outra subfamília
a que Ursavus (ver Parte 1) poderá ter dado origem é Tremarctina e que,
embora tenha existido na América do Norte e na Ásia, neste momento existe apenas
na América do Sul, representada por uma única espécie - Tremarctos ornatus
(urso-de-lunetas). A principal característica distintiva desta espécies são as
rosetas claras à volta dos olhos sobre um pelo, normalmente, negro. Ocupa uma
grande variedade de habitats, de floresta a savanas e a várias altitudes, é um
bom trepador, e tem uma dieta maioritariamente herbívora.
Da mesma
subfamília, o já extinto Arctodus simus (urso-de-cara-achatada) é
considerado por alguns cientistas o maior mamífero carnívoro terrestre
conhecido. Tinha pernas bastante longas (podia chegar aos 2m até ao ombro) que
lhe permitiriam perseguir as presas a grande velocidade, apesar dos seus mais
de 600kg. As mandíbulas largas e curtas demonstram uma convergência com os
grandes felinos. Predava grandes mamíferos do Pleistoceno: bisontes, veados e
preguiças.
A. simus
conviveu e competiu com Ursus americanus (urso-negro-americano) e Ursus
arctos (urso-
-pardo), mas outro grande competidor por presas poderá ter sido o Homem. A extinção do A. simus pode estar associada à extinção de grandes mamíferos, suas presas, devido à caça excessiva ou a alterações climáticas, que levaram a modificações significativas na diversidade de habitats.
-pardo), mas outro grande competidor por presas poderá ter sido o Homem. A extinção do A. simus pode estar associada à extinção de grandes mamíferos, suas presas, devido à caça excessiva ou a alterações climáticas, que levaram a modificações significativas na diversidade de habitats.
A evolução da
subfamília Ursinae está bem documentada, com um vasto registo fóssil, nos
últimos 5Ma, com o início do Pleistoceno. No final do Mioceno, as condições
secas e áridas, até desérticas, da Europa, não foram propícias ao
desenvolvimento dos ursos.