Ameaças ao equilíbrio dos ecossistemas: A problemática das espécies invasoras

O que é uma espécie invasora? É qualquer espécie (incluindo as suas sementes, ovos, esporos ou outro material biológico capaz de propagar a espécie) que não é nativa de um ecossistema e cuja introdução (de forma acidental ou intencional) causa danos ambientais, de saúde pública e/ou económicos. Nem todas as espécies introduzidas tornam-se invasoras, mas a maioria adapta-se bem a diferentes condições ambientais e tem uma grande capacidade reprodutora, colonizando rapidamente o novo local e conduzindo a desequilíbrios no ecossistema. Estes são desencadeados por situações negativas que incluem competição e predação com espécies nativas, transmissão de doenças ou alteração do património genético e do comportamento das populações nativas.






Em Portugal existem várias espécies introduzidas, algumas com caráter invasor ou risco ecológico elevado. Ao nível da fauna temos por exemplo o lagostim-vermelho (Procambarus clarkii), a perca-sol (Lepomis gibbosus), a tartaruga-da-Flórida (Trachemys scripta elegans) e o pato-de-rabo-alçado-americano (Oxyura jamaicensis). Em relação à flora a mimosa (Acacia dealbata), o jacinto-de-água (Eichornia crassipes) e o chorão (Carpobrotus edulis) são apenas uma pequena amostra. 

O Decreto-Lei nº 565/99 de 21 de dezembro regulamenta a introdução na natureza de espécies não-nativas em Portugal e neste documento encontras a lista detalhada. 

O Homem começou a introduzir espécies para seu benefício (ex: alimentação, vestuário, companhia). Porém a globalização tem levado à sua dispersão e consequentemente ao aumento da severidade desta problemática. Um pouco por todo o Mundo especialistas tentam estabelecer medidas de gestão de populações invasoras, mas os processos são complexos e dispendiosos.

A prevenção e o conhecimento são essenciais e tu também podes dar o teu contributo: informa-te bem antes de adquirires qualquer espécie, se tiveres um animal ou uma planta não-nativos que não possas ter em casa informa-te com entidades responsáveis (ex: Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas) sobre como deves proceder, participa em ações de sensibilização e erradicação, promove debates ou faz cartazes para alertar a tua comunidade escolar.