E assim surgiu a Seleção Natural!


Todas as teorias têm um contexto, sejam teorias de cariz científico ou sociológico, que em conjugação com a mente certa, muitas das vezes revolucionam o conhecimento existente até então. 
Charles Darwin, acreditava no criacionismo e na imutabilidade das espécies, mas alterou a sua forma de pensar, foram vários os fatores que contribuíram para isto, podemos destacar a viagem a bordo do Beagle que percorreu os “mares” do mundo, passando ao largo da América do sul, África, Austrália e Galápagos. Foi no arquipélago das Galápagos que algumas das observações cruciais, para o desenvolvimento da teoria da evolução ocorreram. 
John Gould, que acompanhou Darwin na sua viagem, reparou que nas ilhas do arquipélago, os tentilhões, apresentavam bicos e hábitos alimentares diferentes e consequentemente ocupavam nichos específicos. 
Na altura Charles Lyell foi responsável pela lei do uniformitarismo, em que defendia que as mudanças geológicas atuaram e atuam, no planeta ao longo do tempo de forma lenta e gradual. Darwin, na sua viagem, verificou a presença de fósseis de conchas de animais marinhos a grandes altitudes onde o mar não poderia chegar, esta observação terá suscitado questões sobre porque é que aqueles fósseis ali estavam. 
Pombos
Já Thomas Malthus, também teve influência na teoria desenvolvida por Darwin, alertou para os fatores económicos e sociológicos existentes e com vista ao futuro, defendia que a população humana tem um crescimento exponencial e que a disponibilidade de alimentos não acompanharia o aumento de seres humanos. Isto significava que indivíduos com menos recursos iriam ter a sua existência condenada. Darwin usou o conceito de recursos limitados e aplicou-o a populações naturais.
 Pela sua experiência pessoal, Darwin, criou e efetuou cruzamentos entre pombos, de forma a obter as características que pretendia, estava assim a efetuar seleção artificial e considerou que no habitat natural deveria existir semelhante mecanismo, ao qual chamou Seleção Natural.