O “pai” da nomenclatura binomial

Sempre que falamos de nomenclatura binomial ou de nomes científicos estamos a usufruir de um trabalho iniciado, por um grande homem da ciência, vulgarmente conhecido, por Lineu.
Carl von Linné, latinizado Carolus Linnaeus, nasceu a 23 de Maio de 1707 em Räshult, na Suécia. O seu apelido original era Ingermarsson, no entanto o seu pai, mudou o nome para Linné em homenagem à árvore tília (lind em alemão). Em jovem idade, Lineu, evitava a escola e preferia andar no campo, vivia-se a era pré-industrial e o seu país estava repleto de animais selvagens e ar puro. Apesar do seu desinteresse pela escola, acabou por se formar em Medicina nas universidades de Lund (1727) e Uppsala (1728-1730).
Em 1735, mudou-se para a Universidade de Leiden, Holanda, onde esteve três anos e escreveu a obra que lhe trouxe notoriedade mundial, Systema naturae. Ao comparar os órgãos e as estruturas reprodutivas de plantas e animais, em 1753, formula a classificação binária em latim e classifica 5.897 espécies de plantas. Numa nova e detalhada edição do Systema naturae (1758-1759), em dois volumes, criou três sistemas de classificação, um sobre plantas, outro sobre animais e um terceiro para os minerais. Este sistema de classificação taxonómica das espécies é baseado em caracteres morfológicos, relações de evolução, genéticas, bioquímicas e feito com nomenclatura binomial. Devem-se a este cientista, vários termos técnicos, entre eles, fauna, flora e mamíferos.
Este professor, médico, botânico e biólogo naturalista, que viria a falecer em Uppsala a 23 de Janeiro de 1778, marcou sem dúvida a ciência iniciando uma nova era na classificação dos seres vivos, de tal forma que ainda hoje se mantêm as bases do seu trabalho.
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